Por Radígia de Oliveira
Ela acordou e logo percebeu que não conseguia se mexer. Ainda tentou mover braços e pernas. Imóveis movimentos em vão! Aí, gritou um grito que ninguém ouviu porque a única parte movediça daquele frágil corpo eram os olhos. Assim, entre milhares de piscadelas, Ela tentou fazer com que alguém percebesse o seu desesperado desespero. Acompanhou freneticamente os passos de um, o vai-e-vem de outro, mas nada "nobody" nunca. Foram eternos segundos de aflita aflição, mas o incrível é que a mesma insensata sensação daquela tarde inexplicável volta e meia volta. Volta sempre que os dias de minutos curtos viram noites de horas longas... E tudo parece pequeno no mundo grande que não é dela.
A música deste texto: “O dia em que a terra parou”, de Raul Seixas, com o próprio
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