Por Radígia de Oliveira
Ao se preparar pr’aquele encontro, sentiu medo. Poderia ser a última vez, a derradeira chance de ver aquele rosto marcado de histórias e ouvir a voz ainda tão cheia de força, apesar da fraqueza. E na impossibilidade de dar um abraço naquele braço de veias tão expostas?
Na volta pra casa, ouviu Raul: “Cada vez que eu me despeço de uma pessoa, pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez”. Mas qual vez não corre mesmo o risco de ser a última? Ledo alívio. Ela foi dormir com a sensação de ultimato sem fim. Inconsolável consolo. Nunca o “nunca mais” e o “sempre assim” estiveram tão próximos.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
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O "nunca mais" chegou dois anos e meio depois. Chegou cheio de choro...
ResponderExcluirRadi